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Romário choca ao revelar como Vasco tentou atravessar sua histórica ida para o Flamengo em 1995, com Eurico Miranda agindo nos bastidores Novo

Um dos retornos mais emblemáticos do futebol brasileiro, a chegada de Romário ao Flamengo em 1995, ganha novas camadas de revelação em um documentário inédito. A produção ‘1995 – No Tempo dos Bad Boys’, do sportv e Globoplay, promete desvendar os bastidores de uma negociação que, para muitos, foi apenas uma questão de Barcelona e Flamengo.

No entanto, o Baixinho e o então presidente rubro-negro, Kleber Leite, detalham agora a intensa rivalidade que marcou a época, com um terceiro gigante carioca tentando mudar o rumo da história. A série, que estreia em três episódios, mergulha no ano do centenário rubro-negro, em meio a vaidades, tragédias e um cenário futebolístico e cultural vibrante.

A revelação chocante é que o Vasco da Gama, através de seus dirigentes, tentou ativamente impedir a ida de Romário para o Flamengo em 1995, conforme informações divulgadas pelo sportv e Globoplay.

A Tentativa Vascaína de Interceptação

A negociação para trazer Romário de volta ao Brasil não foi um caminho simples, nem apenas uma queda de braços com o Barcelona, onde o craque estava insatisfeito após a Copa do Mundo. O próprio Romário contou que foi abordado por Eurico Miranda, seu amigo de longa data e vice de futebol do Vasco na época.

‘Eurico foi um dos meus melhores amigos do futebol. E nessa minha vinda para o Flamengo, o Eurico me ligou antes de eu voltar’, relembrou Romário. Apesar do carinho e da honra de um possível retorno a São Januário, o Baixinho já tinha conversas bem avançadas com o Flamengo.

Kleber Leite, recém-eleito presidente do Flamengo, confirmou que o Vasco, com Eurico e o presidente Antônío Soares Calçada, ‘fizeram de tudo para obstaculizar a nossa investida’. A tática não era nova, em 1980, Eurico já havia tentado intervir na negociação do Flamengo para contratar o ídolo vascaíno Dinamite.

A ‘Guerra’ nos Bastidores da Negociação

A investida vascaína foi além de uma simples ligação. Conforme Kleber Leite, os dirigentes do Vasco agiram diretamente junto aos diretores do Barcelona, incluindo o presidente e Juan Gaspar, considerado o homem forte do clube catalão. O objetivo era descredenciar a oferta rubro-negra.

‘A mensagem para eles era de que eu era um aventureiro, que eu havia sido eleito presidente do Flamengo, que eu era um picareta, que não tinha dinheiro nenhum e era tudo conversa fiada’, detalhou Kleber Leite. O ex-dirigente rubro-negro imaginava o quanto a possibilidade de Romário, o melhor jogador do mundo, no Flamengo, deveria estar doendo nos rivais.

Juan Gaspar, do Barcelona, inclusive, confirmou a Kleber Leite as tentativas de difamação durante a primeira reunião entre eles. Foi uma verdadeira guerra de bastidores para garantir a contratação do craque que revolucionaria o futebol carioca.

A Polêmica Chegada e o ‘Lenço’ aos Vascaínos

A chegada de Romário ao Flamengo foi marcada por uma coletiva de imprensa concorrida, onde o Baixinho não perdeu a oportunidade de provocar o rival. Instigado por uma pergunta sugerida pelo vice de comunicação do Flamengo, Maurício Menezes, Romário deixou uma mensagem icônica para a torcida vascaína.

A resposta, ‘levem lenço para o Maracanã porque vão chorar muito’, se tornou um dos momentos mais folclóricos do Clássico dos Milhões. A promessa se cumpriu no Carioca, com gol de Romário e vitória rubro-negra por 1 a 0, onde o Baixinho fez o gesto de silêncio e choro para os vascaínos.

A provocação gerou uma repreensão de Eurico Miranda, mas Romário esclareceu que não era desrespeito à instituição. ‘Sou grato para caralho ao Vasco por tudo que eu fiz pelo Vasco, pelo que o Vasco fez por mim. Eu entrei pelo Vasco pela porta principal, saí pela porta principal e tem a minha estátua lá’, afirmou. Ele classificou o episódio como uma ‘pilha’ e parte de sua personalidade extrovertida e brincalhona.

O Ano de 1995: Glória e Desafios Pessoais

O ano de 1995 foi, para Romário, um período de intensas emoções e transformações, tanto no campo quanto na vida pessoal. O Baixinho revelou à série que sua separação de Mônica Santoro ocorreu logo no dia de sua chegada ao Brasil, em 14 de janeiro.

‘Foi um ano que marcou para c… a minha vida. Eu lembro bem do dia que eu cheguei no Brasil, eu me separei da minha, da minha mulher, da Mônica. Mãe da Moniquinha. No dia que teve a carreata lá e tal. Cheguei em casa, peguei minhas malas, a gente conversou e meti o pé’, contou o craque, destacando o impacto pessoal de seu retorno.

O advogado de Romário na separação, Michel Assef, que também era vice-jurídico do Flamengo, confirmou o litígio ‘traumático’, envolvendo filhos e uma briga significativa pelo patrimônio. O contexto de 1995, com a ‘fogueira das vaidades’ na Gávea e a busca por um título no centenário rubro-negro, foi um palco para a glória de Romário no Flamengo e seus desafios particulares.

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