Perto de completar dois meses no comando do Botafogo, Renato Paiva ainda não conseguiu fazer o time desempenhar em campo. Posteriormente a roteiro para o Estudiantes, nesta quarta (23) pela Libertadores, o treinador cravou o “término” da equipe de 2024, que conquistou o Brasil e a América, ao calcular o desempenho do Glorioso em La Plata, na Argentina.
“Essa equipe (campeã da Libertadores) já não existe, mudaram muitos jogadores. Portanto isso é pretérito, estão sempre fazendo comparações quando os jogadores já não estão, nem sequer o treinador. As coisas mudam, e nas mudanças sempre há momentos de adequação. E estamos nesse momento. Juntar os jogadores novos que chegaram e tentar fazer que o time jogue dentro das características deles. Inclusive, saíram não só titulares, mas também suplentes”, afirmou o treinador português.
“Jogamos o jogo de forma estratégica, até começou muito para nós, tivemos oportunidades a nosso obséquio e a esfera não entrou. A partir daí, obviamente, o Estudiantes jogando em mansão foi tendo mais esfera. Nós, em um conjunto médio que muitas vezes foi para ordinário. Não lembro de John ter feito grandes defesas no primeiro tempo. Alguns escanteios, mas zero de perigoso. Depois, em um lance infeliz, sofremos o gol”, completou.
A roteiro para o Estudiantes marca a quarta partida consecutiva sem vitória do Botafogo. Em oito jogos com Renato Paiva, são unicamente duas vitórias: Carabobo-VEN e Juventude.
A produção ofensiva é um dos principais problemas da equipe. Contra o Estudiantes, o Glorioso criou unicamente uma oportunidade, em pontapé de travessão de Savarino na lanço final.
Nas oito partidas com Paiva, em quatro a equipe não marcou gols. A dificuldade em gerar e transmudar as chances foi avaliada pelo técnico, que vê uma “temporada muito estranha”.
“Quem acompanha nossos jogos percebe a temporada que estamos atravessando. Quando criamos, não fazemos. E depois, em erros básicos, acabamos perdendo jogos. Esse é o terceiro jogo que perdemos por 1 a 0 com gols que são erros claros, e obviamente têm que se emendar. No funcionamento coletivo da equipe, hoje, não gostei dos momentos defensivos, afundamos demais o conjunto quando não era essa a intenção, não conseguimos transpor para a pressão, que era o que queríamos”, respondeu Paiva.
“Nas oportunidades de transição, não conseguimos transpor com efetividade. Na esfera mais flagrante, bateu no travessão, no soalho e não entrou. Sou treinador, sou responsável, mas de trajo é uma temporada muito estranha o que está acontecendo. Nossas oportunidades que são claras não entram, e as dos adversários que às vezes nem claras são acabam entrando e nos penalizando bastante”, concluiu.
Fonte:CNN Brasil