Elenco do Vasco apoia Carille em meio a pressão e protestos da torcida

Evandro Roque

Elenco do Vasco apoia Carille em meio a pressão e protestos da torcida


O Vasco da Gama vive momento turbulento em 2025.

Mesmo com a vitória sobre o Puerto Cabello, na Sul-Americana, o time saiu vaiado de campo. Fábio Carille é o principal branco dos protestos da torcida, mas o elenco parece estar fechado com o seu comandante.

Vaias para Carille

“Pela primeira vez na minha vida que vejo um time lucrar e ser vaiado”. Essa foi a enunciação de Léo Jardim, goleiro do Vasco, posteriormente o silvo final em São Januário.

De indumentária, o Cruzmaltino poderia ter apresentado um futebol mais imponente diante do frágil Puerto Cabello, mas, mesmo assim, conseguiu o objetivo final, que eram os três pontos. O Vasco é líder momentâneo do Grupo G da Sul-Americana. 

Na opinião de Carille, as vaias atrapalham mais os jogadores do que a ele, que está na cercadura do campo. Ainda que respeite o recta do torcedor, o comandante criticou a reação dos cruzmaltinos presentes em São Januário.

O Vasco precisa muito do torcedor. O Vasco. Portanto eu vejo que, quando me xingam ou xingam qualquer desportista, isso passa para o campo e isso não está ajudando em zero. Depois do jogo, fica à vontade. O torcedor tem todo recta, mas eles tem que entender que não está ajudando. Durante o jogo, está passando para dentro do campo e a gente sente um nervosismo desnecessário que não está nos ajudando em zero

Lideranças do Vasco apoiam o treinador

O primeiro a tutorar Carille e, consequentemente, criticar a atitude da torcida em São Januário, foi o bombeiro Vegetti. Responsável do gol da vitória sobre o Puerto Cabello, o prateado cobrou união entre torcedores e grupo.

Senhoril a torcida do Vasco, mas se não estivermos unidos a coisa não vai dar patente. A gente treina e se dedica muito. O Fábio é um treinador que trabalha muito. A torcida tem pressa, senhor a torcida, mas se a gente não estiver unificado a coisa não vai dar patente

Pablo Vegetti, em entrevista à ESPN

Depois, foi a vez de Philippe Coutinho falar sobre as vaias. Segundo o camisa 11, o elenco está unificado em procura de um futebol mais bonito e vistoso para deleitar a torcida.

“A gente sabe que no Brasil é assim, a gente estava focado no jogo. Às vezes, a torcida espera um futebol mais bonito, com mais gols, a gente tem tentado. No gol do Vegetti a gente foi lá todos juntos, para mostrar que o grupo está unificado, a gente quer o muito do Vasco, trabalhar para se qualificar, ir muito no Brasílico”, explicou, na zona mista.

O momento fraterno com Carille, engrandecido por Coutinho, também foi branco de vaias da torcida do Vasco. O treinador está pressionado, mesmo com pouco mais de quatro meses de trabalho.

O próximo duelo

O Cruzmaltino volta a campo no próximo sábado (12), para enfrentar o Sport Recife, pela terceira rodada do Campeonato Brasílico. A esfera rola a partir das 21h (de Brasília), em São Januário.



Fonte:CNN Brasil

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