Campeão da Libertadores com o Atlético-MG destaca evolução do clube Novo

Evandro Roque

CNN Brasil


Vencedor da Libertadores com o Atlético-MG em 2013, o ex-volante Gilberto Silva acompanha de perto as transformações pelas quais o futebol brasílio tem pretérito nos últimos anos — em privativo, no clube que o revelou para o cenário vernáculo.

Em entrevista ao CNN Esportes S/A, o pentacampeão mundial de 2002 falou sobre a evolução do Galo nas últimas décadas e fez uma estudo sobre a implementação das Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs) no país.

“De lá para cá houve muita mudança. É um desenvolvimento contraditório que o clube teve nesses últimos 25 anos. E é satisfatório, para quem acompanhou tudo isso, para quem jogou no clube e para quem é torcedor ver essa evolução, ver esse desenvolvimento, ver onde o clube estava anteriormente e porquê se encontra hoje”, afirmou Gilberto, relembrando o início da própria trajetória no Atlético-MG, ainda na dez de 1990.

Para o ex-jogador, o salto de qualidade do clube mineiro não se limita somente aos resultados dentro de campo. Ele destaca também a profissionalização da gestão e os avanços em infraestrutura porquê pontos que, segundo ele, colocam o Galo em um novo patamar.

“Além da visão esportiva, o clube tem uma visão de negócio. Logo, quando eu vejo toda essa estrutura, tudo que existe e o que tem ocorrido nos últimos anos em relação ao clube, o Atlético-MG avançou no vista esportivo, mas também no vista de negócio do futebol”, ressaltou.

Gilberto, que teve passagem vitoriosa pelo Arsenal, chegou a confrontar a atual situação da equipe mineira com grandes potências europeias.

“Se o Atlético-MG hoje sai do Brasil, com toda a estrutura que tem, e vai pra Europa, ele é considerado um dos maiores clubes em termos de estrutura do futebol europeu e mundial. Mas, mesmo estando cá, podemos colocar o Atlético-MG em uma quesito muito privilegiada no mundo do futebol”, disse o ex-atleta.

SAFs e o novo momento do futebol brasílio

Com olhar cauteloso às mudanças recentes no protótipo de gestão dos clubes brasileiros, Gilberto comentou o impacto das SAFs no país.

Para ele, a adoção do formato por alguns clubes tem sido positiva, mas exige zelo. “Acho que o próprio protótipo atual de SAF começou a transformar o futebol brasílio. Acho que nós tivemos uma primeira vaga, onde o Atlético-MG se transformou em SAF — e eu acho justo da maneira porquê aconteceu”, começou.

Ele destaca o caso do Botafogo, atual vencedor brasílio e da Libertadores, porquê um exemplo de sucesso na novidade estrutura.

“Acho que o Botafogo está se estruturando, se tornou SAF, é o atual vencedor brasílio, vencedor da Libertadores […] acho que o Botafogo está começando a colher os resultados e está se estruturando cada vez mais”.

Apesar do sucesso em alguns clubes, Gilberto alerta para situações que servem porquê prelecção.

“Tivemos também algumas outras situações que fazem com que outras equipes comecem a ter um zelo maior, porquê é o caso do Vasco. O Vasco teve um primeiro momento, onde esteve na primeira leva. É onde existe a questão da premência, de salvar o time. Acho que agora os clubes estão mais cuidadosos, não querem fazer somente porque precisam do moeda — e isso é importante”, afirmou.

Mais do que uma decisão financeira, o ex-volante acredita que virar SAF deve ser uma escolha estratégica, considerando o horizonte do clube e sua identidade. “É importante porque as instituições são importantes dentro do futebol brasílio, dentro da comunidade onde estão inseridos. Logo, é importante todo esse zelo para você entender quem vai ser o seu parceiro, ou se você realmente precisa desse parceiro”.

Sobre o horizonte, o ex-volante reflete: “Pode ser que alguns clubes se tornem autossuficientes, e vai chegar um momento em que os clubes vão falar assim: ‘Rostro, eu não preciso. Eu consigo, mesmo com a possibilidade de me tornar SAF. Eu quero continuar no meu protótipo tradicional’ — e seguir a vida feliz da maneira porquê eles podem fazer”.

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Fonte:CNN Brasil

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