Em seguida o empate sem gols com a LDU, nesta terça (22), o técnico Filipe Luís valorizou a atuação do Flamengo e o ponto conquistado em Quito, no Equador, pela terceira rodada do Grupo C da Despensa Libertadores.
O treinador ainda avaliou a situação da chave, reforçando que o empate na capital equatoriana foi importante para as pretensões do Rubro-Preto.
“Queríamos ter vencido. Era importantíssima essa vitória. Nós nos colocamos nessa situação porque perdemos em mansão para o Médio Córdoba. Agora temos que entrar para vencer. Agora e sempre. Mas pelas circunstâncias de jogar cá, não pelo desfalques porque eu tenho crédito plena nos jogadores que entraram hoje. Mas, sim, pela dificuldade de jogar com a LDU. Isso (empate) nos deixa vivos para continuar buscando a nossa classificação, que é o objetivo”, avaliou Filipe Luís.
Horas antes da partida, o Flamengo confirmou o velhacaria de Gonzalo Plata. Por conta de dores no joelho esquerdo, o atacante foi desagregado e sequer foi para o banco de reservas.
Na entrevista, Filipe Luís confirmou que o equatoriano será titular se estivesse à disposição, falou sobre a frustração do desportista e projetou a recuperação do atacante.
“Sim, ele seria titular. Falei com ele antes do jogo do Vasco. Disse o planejamento que tínhamos para os próximos jogos. É um jogador muito importante para mim. Muito privativo. Tem todas qualidades e características que paladar, temporada ofensiva, defensiva, sabe hostilizar espaços e jogar pressionado, associar-se com os companheiros. É um jogador muito importante. Sentiu uma dorzinha dissemelhante no joelho, infelizmente”, disse o técnico rubro-negro.
“Vamos ter que esperar os exames para ver o que aconteceu. Além do treinador, que fica triste de não poder utilizá-lo, ele foi quem mais sofreu de não poder jogar no seu país. Queria muito, ficou muito goro e triste. Espero que possa se restabelecer logo, pois sabe que é muito importante para a equipe”, concluiu.
A situação do Grupo C
Com o empate, o Flamengo segue fora da zona de classificação, com quatro pontos. A LDU, com cinco, lidera a chave neste momento.
O Médio Córdoba, que tem quatro pontos e melhor saldo de gols em relação ao time de Filipe Luís, e o Deportivo Táchira fecham a rodada na quinta (24), na Argentina, às 19h (de Brasília).
Foco no Brasileirão
O Flamengo volta a campo pela Libertadores em 7 de maio, contra o Médio Córdoba, na Argentina. Antes, volta as atenções para o Brasileirão.
O próximo compromisso é contra o Corinthians, no domingo (27), no Maracanã, pela sexta rodada da Série A. O Rubro-Preto é o atual segundo posto, detrás do Palmeiras.
Confira, aquém, outras respostas de Filipe Luís, técnico do Flamengo:
“Vim jogar no Equador algumas vezes. É sempre muito difícil em Quito, na altitude. Já tomei goleadas, já venci, sempre é complicado. Todo contexto é dissemelhante. A esfera é mais rápida, o domínio escapa, a esfera não freia. Conversei com os jogadores e optamos por uma projecto de aproximação e passes mais curtos. O contendedor também cansa, por mais que esteja aclimatado. Decorrer detrás da esfera frustra e cansa e os impede de ter o volume de jogo que costuma ter em mansão.
Analisei os times que jogaram cá com risca de cinco e sofreram muito. Conseguem te soçobrar na espaço e com o número cocuruto de cruzamentos, chutes de fora da espaço, rebotes, acabam te empurrando. Fizeram uma mudança, vieram com dois volantes e individualizaram a marcação no Arrascaeta. Isso nos deu a possibilidade de transpor, mas dificulta estugar. Cada passe, a esfera vai embora. Os jogadores entenderam rápido e optaram pelo jogo de controle. Tivemos oportunidades de finalizar, não conseguimos fazer. Foram os últimos 10 minutos (de pressão), portanto foi um jogo muito bom dos meus jogadores. Estou orgulhoso.”
- Atuação individual e questão física
“Só o Bruno pediu auxílio do oxigênio, mas todos sentem. Pegamos os dados dos que sofrem menos dos últimos anos. A função mais importante defensiva, hoje, era do Gerson, encarregado de pressionar o zagueiro e ajudar o Wesley. Um esforço muito grande feito de forma incrível. Não perde a esfera. Foi quem sacrificou-se na secção física pela equipe. O Erick e o Everton, impressionantes. (Evertton) Correu o jogo todo, cobriu, cortou muita esfera perigosa. A torcida pega um pouco no pé, mas confio muito nele. O Ayrton também. São jogadores que precisam da crédito. A nível universal, fiquei feliz com todos.”
- Primeira vez porquê técnico na altitude
“Cada entrevista que eu dou é quase a primeira vez em alguma coisa (risos). Treinador jovem é assim. Estamos cá para ir evoluindo e melhorando. Eu jogar cá e ser um dos que mais sofria com altitude me dá conselhos para dar aos jogadores. Mas é impossível. Cada um sente de uma forma, cada um joga de uma forma. Mas o projecto de jogo, quando estou contra um contendedor, eu olho para o esquema, para os espaços, e ali tento dar uma solução para eles se sentirem mais confortáveis dentro do campo. Depois, é escolha deles. De estugar, de parar, de chutar de fora da espaço. A escolha é deles. Tentei falar o que eu achava, de quando eu jogava. Mas a maioria já jogou cá. Não tem muito o que falar. Cá se vem para tolerar, não tem porquê gozar do mesmo nível do ritmo do ar. Essa é a venustidade da Libertadores na minha opinião. Acho uma experiência formosa poder jogar na altitude.”
- Atuação do Ayrton Lucas
“Eu já o elogiei depois do jogo do Vasco. O Ayrton precisava de um jogo sólido, onde ele se sentisse proprietário da posição, onde controlasse os tempos de ataque e resguardo. Contra o Vasco ele não errou passes, fez o time caminhar rápido e depois deu uma solidez defensiva para a equipe. E principalmente a esfera aérea na resguardo da espaço, que era uma coisa que a torcida pegava no pé, ele marcou o Vegetti praticamente todo o jogo e foi perfeito. Estava sem sequência, e é muito difícil um jogador desempenhar sem sequência. E hoje, com um jogador com crédito e sequência, vimos o Ayrton que veio para o Flamengo, que me deixou no banco, que é capaz de chegar na seleção brasileira. Pode muito mais. Vamos pouco a pouco dando um pouquinho de crédito para ele ir evoluindo.”
Fonte:CNN Brasil