A temporada de 2025 foi um verdadeiro teste de resistência para o Flamengo. Com um calendário que exigiu 78 jogos, a gestão da saúde dos atletas tornou-se uma prioridade máxima para a comissão técnica rubro-negra.
Para prevenir lesões e gerenciar o desgaste físico, o clube recorreu à estratégia de dosar a carga de seus jogadores em 21 ocasiões. Contudo, o departamento médico (DM) registrou um número significativo de baixas.
Nesse cenário desafiador, o volante chileno Erick Pulgar emergiu como o jogador mais afetado, liderando o ranking de ausências por lesão no ano, conforme informações levantadas pelo ge.
Pulgar, De la Cruz e Alex Sandro: os mais afetados pelas lesões
O caso mais grave de lesão no Flamengo em 2025 foi, sem dúvida, o de Erick Pulgar. O volante chileno sofreu uma fratura no quinto metatarso do pé direito durante a Copa do Mundo de Clubes, em uma partida contra o Bayern de Munique.
Essa contusão o afastou dos gramados por mais de 100 dias, resultando em 20 partidas perdidas. Somando-se a uma lesão muscular leve na coxa, Pulgar ficou fora de um total de 25 jogos, o maior número de ausências no elenco rubro-negro.
Outros nomes importantes também enfrentaram longos períodos no DM. Alex Sandro, por exemplo, foi o jogador com mais passagens pelo departamento médico, totalizando quatro, com problemas na coxa e panturrilha.
Ele, assim como Danilo e De la Cruz, perdeu 15 jogos por lesão. O uruguaio De la Cruz, inclusive, teve uma temporada marcada por problemas persistentes nos joelhos, o que o levou a um rigoroso controle de carga.
Ele atuou em apenas 35 partidas e fará um procedimento não cirúrgico no joelho esquerdo nas férias, buscando aliviar inflamações. Além deles, Allan e Michael perderam 12 jogos, enquanto Everton Cebolinha, Pedro e Plata ficaram fora em 11 oportunidades.
O desafio da comissão técnica: dosar a carga em um calendário implacável
A intensidade do calendário de 2025, com 78 jogos disputados, forçou o Flamengo a adotar uma estratégia de rodízio e prevenção. A comissão técnica de Filipe Luís precisou poupar atletas 21 vezes, visando evitar novas lesões ou o agravamento de problemas físicos.
Essa abordagem colocou o Rubro-Negro entre os clubes que mais recorreram ao rodízio no país, ficando atrás apenas do Palmeiras. Mesmo com essa gestão, o clube contabilizou 32 baixas médicas, um número ligeiramente superior ao de 2024.
Para o futuro, a diretoria planeja rejuvenescer o elenco em 2026. A ideia é reduzir a média de idade do grupo, o que pode aliviar a necessidade de um controle de carga tão intenso para jogadores com histórico de problemas físicos ou mais experientes.
Jogadores como De la Cruz, que foi poupado em quatro ocasiões, e Alex Sandro, em três, exemplificam a atenção redobrada exigida por atletas específicos ao longo da temporada.
Pedro e as lesões na reta final: a recuperação a tempo do Mundial
O artilheiro Pedro, peça fundamental do ataque rubro-negro, também não escapou do departamento médico na reta final de 2025. Ele sofreu uma fratura no antebraço direito e, na sequência, uma lesão muscular no reto femoral da coxa esquerda.
Esses problemas o tiraram de 11 compromissos, incluindo jogos decisivos na Libertadores e no Campeonato Brasileiro. A ausência do goleador foi sentida em momentos cruciais da temporada.
Felizmente, Pedro conseguiu se recuperar a tempo de participar do Intercontinental. Ele retornou aos gramados nas partidas contra o Pyramids e o Paris Saint-Germain, na decisão do torneio, um alívio para a equipe.
Com a volta do centroavante para o Mundial, o Flamengo teve, pela primeira vez na temporada de 2025, o departamento médico zerado, um feito importante diante de tantos desafios.
Musculatura da coxa: a principal vilã de 2025 no Ninho do Urubu
Um dado relevante do balanço do DM do Flamengo em 2025 é a concentração de lesões. O músculo da coxa foi o principal local do corpo que causou desfalques, com 15 casos registrados ao longo da temporada.
Problemas no tornozelo e no joelho apareceram na sequência, completando o quadro de áreas mais vulneráveis dos atletas. Esses números reforçam a importância de um trabalho preventivo e de um eficiente controle de carga.
A análise desses dados é crucial para que o clube possa aprimorar suas estratégias de preparação física e prevenção de lesões, garantindo que os jogadores estejam em plenas condições para enfrentar a exigência do calendário brasileiro e internacional.