O momento financeiro do Corinthians está longe de ser tranquilo: a dívida atual do clube chega a R$ 2,4 bilhões. Em entrevista ao CNN Esportes S/A deste domingo (20), Fabinho Soldado, diretor executivo do Corinthians, expôs a seriedade da situação financeira enfrentada pelo Timão.
Segundo ele, o clube ainda sofre com uma legado de dívidas acumuladas ao longo dos anos, o que compromete diretamente os investimentos no futebol.
“A verdade é que as dívidas são enormes. O Corinthians tem uma dívida muito subida. E hoje, simples, essa conta não fecha”, começou o dirigente.
“A conta ainda é muito subida, muito mais por aquilo que tem a remunerar. A dívida hoje é o grande gargalo do Corinthians e acaba comprometendo muita coisa da segmento esportiva. Quando eu falei da RCE [Regime Centralizado de Execuções], é porque é um momento importante para o clube. Você não tem aquela tranquilidade, aquela segurança de não ter uma penhora. Todas as pessoas buscam o seu recta de receber. Isso acaba afetando muito o futebol”.
Uma das saídas encontradas pelo clube paulista foi o Regime Concentrado de Execuções (RCE), que permite ao Corinthians organizar o pagamento de suas dívidas com maior controle, embora o impacto ainda seja profundo no dia a dia da equipe. A proposta, enviada à Justiça de São Paulo, engloba somente os valores devidos para empresários, fornecedores e jogadores (com direitos de imagem a serem recebidos).
Nesse valor, não entra a dívida tributária e nem o financiamento da Neo Química Redondel.
Segundo Fabinho, a diretoria tem buscado formas de manter o elenco motivado e consciente do papel que cada jogador exerce no contexto econômico do clube.
“Em contrapartida, o clube precisa continuar, prosseguir. O futebol é o carro-chefe do Corinthians. E é por isso que o presidente tem nos oferecido toda a estrutura para que a gente consiga passar essa mensagem aos atletas: eles precisam colaborar com o clube. Eu falo muito disso”, disse Fabinho.
“O desportista precisa entender que, com o clube em uma melhor colocação, a cada campeonato, existe um valor considerável. Ele precisa entender que não é somente lucrar o título por lucrar. Existe toda uma engrenagem por trás que precisa que eles realmente continuem fazendo o melhor para que essa segmento financeira também tenha um fôlego. Para que o nosso marketing, para que as pessoas que estão envolvidas nisso, consigam ter originalidade e oportunidade de atrair um quantia novo para dentro do clube”, finalizou.
Fonte:CNN Brasil