No primícias de 2025, o Flamengo anunciou a renovação do atacante Bruno Henrique por mais três temporadas.
O processo de renovação com o atacante aconteceu depois a operação “Spot Fixing”, da Polícia Federalista, que investiga o envolvimento do desportista em um esquema de apostas ilegais. Nesta segunda-feira (14), a PF indiciou o atacante e mais nove pessoas.
Segundo apuração da CNN Brasil, o dispêndio do atacante chegará aos R$70 milhões por mais três anos aos cofres do Flamengo. O valor inclui a remuneração somada a uma percentagem aos empresários do desportista.
A estimativa de salário de Bruno Henrique é subida. Somado aos direitos de imagem e luvas é de R$1,8 milhão mensais.
Durante uma coletiva de prelo sobre a renovação do desportista, o portanto diretor de futebol, Bruno Spindel, comentou que “Bruno Henrique se recuperou de uma lesão muito grave. Voltou a jogar em cimeira nível e conquistou de novo o espaço no elenco. Ele mereceu a renovação. Ele recebeu inúmeras propostas de valores muito superiores aos que foram fechados. O libido dele de permanecer no Flamengo fez ele ceder alguns valores.
Pelo Flamengo, Bruno Henrique tem 11 titulos ao todo, sendo dois Campeonatos Brasileiros, uma Despensa do Brasil e duas Libertadores.
Caso Bruno Henrique: relembre a partida Flamengo x Santos em 2023
Bruno Henrique indiciado
A Polícia Federalista indiciou o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por fraude em competição esportiva. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (14), uma vez que secção de uma investigação que apura a manipulação de eventos em partidas de futebol para beneficiar apostadores.
Segundo a PF, o jogador teria provocado deliberadamente um cartão amarelo durante a partida contra o Santos, em novembro de 2023, para proporcionar familiares que apostaram especificamente nesse evento. Outras nove pessoas também foram indiciadas no caso.
Confira a cronologia dos principais fatos da investigação
1º de novembro de 2023 – O cartão amarelo e o início da suspeita
Na 31ª rodada do Campeonato Brasiliano, o Flamengo enfrentou o Santos no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Durante a partida, vencida pelo time paulista por 2 a 1, Bruno Henrique recebeu um cartão amarelo. A punição era a terceira dele na competição, o que resultou em suspensão automática.
Pouco depois o jogo, casas de apostas identificaram uma movimentação atípica: um volume proeminente e concentrado de apostas prevendo exatamente a punição ao jogador. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) repassou as informações às autoridades, o que motivou o início da apuração.
5 de novembro de 2024 – Operação “Spot-fixing”
Quase um ano depois o jogo, a Polícia Federalista, em parceria com o Grupo de Atuação Privativo de Combate ao Transgressão Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Província Federalista, deflagrou a operação “Spot-fixing”.
Foram cumpridos 12 mandados de procura e mortificação no Rio de Janeiro e em quatro cidades de Minas Gerais, entre elas Belo Horizonte, onde o jogador nasceu. Mais de 50 agentes e seis promotores participaram da ação. Bruno Henrique, seu irmão Wander Nunes, e outros envolvidos foram intuito de buscas. Celulares, computadores e documentos foram apreendidos.
Poucos dias depois, Bruno Henrique se manifestou e declarou ser singelo.
“Sim (sou singelo). Recebi (a operação) de uma forma agressiva. Não esperava da forma que foi, mas eu acredito na justiça lá de cima. Deus é um rosto que sempre sabe. Minha vida, minha trajetória, desde quando eu comecei a jogar futebol. Deus sempre foi comigo. E, rosto, eu estou tranquilo em relação a isso. As pessoas que estão aí nessa guerra comigo, eu só peço que a justiça seja feita e separar fora de campo com dentro de campo”, disse Bruno Henrique na estação.
22 de março de 2025 – MP procura prova do jogador
Com a investigação avançada, o Ministério Público do Província Federalista e Territórios manifestou interesse em ouvir Bruno Henrique para concluir o interrogatório. Os promotores consideraram que o desportista “agiu deliberadamente” para receber o cartão e possibilitar que familiares lucrassem com as apostas. A essa profundidade, a investigação da PF já havia identificado trocas de mensagens entre o jogador e o irmão, em que discutiam a possibilidade da punição.
14 de abril de 2025 – Indiciamento
Na epílogo da apuração, a Polícia Federalista indiciou Bruno Henrique por fraude em competição esportiva. O relatório foi guiado ao Ministério Público, que decidirá se apresentará denúncia formal à Justiça. A investigação aponta que o cartão amarelo foi premeditado, e que os familiares do desportista tinham conhecimento prévio da intenção. A informação foi inicialmente divulgada pelo portal “Metrópoles” e confirmada pela CNN com fontes ligadas à PF.
Posicionamento do Flamengo
Posteriormente a notícia do indiciamento, o Flamengo divulgou nota solene afirmando que não foi enviado oficialmente pelas autoridades e declarou não tomar atitude diante das evidências, partindo do princípio da presunção de inocência. Veja a nota na íntegra:
“O Flamengo não foi enviado oficialmente por qualquer poder pública acerca dos fatos que vêm sendo noticiados pela prelo sobre o desportista Bruno Henrique.
O Clube tem compromisso com o cumprimento das regras de fair play desportivo, mas defende, por igual, a emprego do princípio constitucional da presunção de inocência e o devido processo legítimo, com ênfase no contraditório e na ampla resguardo, valores que sustentam o estado democrático de recta.”
Fonte:CNN Brasil