O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) marcou para a próxima segunda-feira (19) o julgamento de Miguelito, do América-MG, indiciado de injúria racial por Allano, jogador do Operário. O caso será medido pela Primeira Percentagem Disciplinar do órgão, a partir das 11h30.
A Procuradoria denunciou Miguelito com base no item 243-G do Código Brasílio de Justiça Desportiva (CBJD), que fala sobre “praticar ato discriminatória, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, quesito de pessoa idosa ou portadora de deficiência”.
A pena prevista é suspensão de cinco a 10 partidas, com multa que varia entre R$ 100 e R$ 100 milénio.
Vale lembrar que, no dia 6 de maio, Miguelito foi suspenso de forma preventiva pelo STJD. Desde logo, o meia não tem atuado com a camisa do Coelho.
Relembre o caso
Miguelito foi recluso em flagrante na noite do dia 4 de maio, em seguida ser indiciado de cometer injúria racial contra o atacante Allano, do Operário-PR, durante partida válida pela 6ª rodada da Série B do Campeonato Brasílio. O caso aconteceu no estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa, no Paraná, e provocou a paralisação do jogo por tapume de 15 minutos.
Em súmula, o louvado da partida, Alisson Sidnei Furtado, detalhou o incidente. Segundo ele, Allano o abordou aos 30 minutos do primeiro tempo e afirmou que foi chamado por Miguelito de “preto cagão”.
“Posteriormente a notícia do desportista da equipe mandante, imediatamente foi realizado o protocolo antirracismo, em sua primeira lanço, a qual consiste na paralisação do jogo, realização do gestual antirracista e o proclamação feito no estádio, explicando o motivo da paralisação do jogo e que se o incidente não cessasse, a partida seria interrompida”, completou o louvado no registro da súmula.
A partida foi retomada em seguida tapume de 15 minutos de paralisação, sem punição em campo. Depois do duelo, entretanto, os envolvidos compareceram à delegacia, onde foi dada voz de prisão em flagrante a Miguelito.
O meia do América-MG foi solto no dia 5 de maio, em seguida audiência de custódia realizada no Fórum de Ponta Grossa.
Outro julgamento
Na mesma sessão, o STJD julgará o Operário pela conduta de um torcedor que “arremessou, aos 30 minutos do segundo tempo, um copo com líquido não identificado em direção de um desportista da equipe visitante”.
O incidente gerou denúncia ao clube mandante por infração ao item 213, inciso III, do CBJD, com pena prevista de multa que pode variar entre R$ 100 e R$ 100 milénio.
Fonte:CNN Brasil